“Marc Chagall: sonho de amor” até 06 de junho no CCBB

Para quem gosta de arte tem mais duas semanas para aproveitar a exposição gratuita “Marc Chagall: sonho de amor”, com 186 obras do pintor, no Centro Cultural do Banco do Brasil. A mostra que se encerra no dia 06 de junho está dividida em quatro partes que tratam de diferentes temas abordados pelo artista: as origens e tradições russas, a religião, o exílio nos Estados Unidos e o amor pela primeira esposa e musa Bella Rosenfeld.

Nascido no Império Russo, território hoje da Bielorússia, as obras de Chagall marcaram o século 20 pelo uso revolucionário das formas e das cores, pela criação de um universo lírico, poético e fantástico em suas pinturas e escritos, e por sua trajetória única, pautada pelo amor que devotava à vida e às artes.

Sua biografia, marcada pela origem humilde e pelos inúmeros obstáculos à sobrevivência, compeliu-o a se mover inúmeras vezes: viveu na França, nos Estados Unidos e na própria União Soviética, onde, após a Revolução Russa, ocupou o posto de Comissário de Belas Artes de Vitebsk, sendo responsável pela vida artística da cidade.

No Brasil, a mostra conta com trabalhos que não foram vistos em outros países. Apesar de a exposição fazer parte de uma itinerância que foi concebida na Itália, o projeto brasileiro inclui outros repertórios, como a série litográfica Chagall: Paris para a revista Derrière Le Miroir, e obras de 1946, como a belíssima O buquê da Lua ou Os lírios brancos (Le bouquet de la lune ou Les arums blancs), além do diálogo com obras provenientes de coleções museológicas brasileiras, como Vendedor de gado (Le marchand de bestiaux), do acervo do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), raramente vista, sem deixar de mencionar as obras da Fundação José e Paulina Nemirovsky, em comodato com a Pinacoteca do Estado de São Paulo, cedidas para a exposição: O violinista apaixonado (Le violoniste amoureux), de c. 1967, Cidade cinzenta (Village gris), de c. 1964, Casa em Peskowatik (Maison à Peskowatik), de 1922, e Autorretrato com chapéu enfeitado (Autoportrait au chapeau garni), de 1928, integradas aos módulos da exposição.

Segundo a curadora da exposição, Lola Durán Úcar, couberam na seleção obras “que mostram diferentes técnicas e suportes que Chagall utilizou com grande virtuosismo: óleos, têmperas e guaches, litografias e água-fortes branco e preto e coloridas à mão”.

“Se transferirmos essa situação ao momento atual, com pandemia, crise econômica e desânimo generalizado, a arte, a obra de Chagall, sua beleza, sua cor, é um paliativo diante de tanto sofrimento”, completa a curadora.

A mostra fica em cartaz no Rio até 06 de junho de 2022 e depois segue para Brasília (28 de junho a 18 de setembro), Belo Horizonte (12 de outubro a 9 de janeiro de 2023) e São Paulo (1 de fevereiro a 10 de abril de 2023).

 

Serviço:

“Marc Chagall: sonho de amor”

Até 06 de junho no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro

Endereço: Rua Primeiro de Março, 6 – Centro

Dias e horários: segundas das 9h às 21h; terças é fechado; de quarta a sábado das 9h às 21h e domingo das 9h às 20h.

⦁ A entrada do público é permitida apenas com apresentação do comprovante de vacinação contra a COVID-19.

⦁ O acesso ao prédio é livre, mas os ingressos para os eventos devem ser retirados na bilheteria ou previamente pelo site ou aplicativo Eventim – https://www.eventim.com.br/artist/exposicao-marcchagall-ccbbrj/

 

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