Nise da Silveira é tema de exposição no CCBB do Rio de Janeiro até 16 de agosto

O post de hoje é uma dica para a quarentena para quem gosta de exposições. “Nise da Silveira — A revolução pelo afeto” lança um olhar sobre a porção cientista da mulher que viveu mergulhada em livros e pesquisas para se opor, com contundência, a métodos agressivos usados pela psiquiatria nos anos 1950. A mostra inédita com curadoria do estúdio M’Baraká, com consultoria do psiquiatra Vitor Pordeus e do museólogo Eurípedes Júnior ficará exposta até o dia 16 de agosto no Centro Cultural Banco do Brasil.

 

Exposição sobre a vida e o trabalho de Nilse Silveira no Centro Cultural do Banco do Brasil. Foto Guito Moreto – Agência O Globo

Ocupando três salas do CCBB, a exposição reúne cerca de 90 obras de clientes do Museu de Imagens do Inconsciente, ao lado de peças de Lygia Clark e Zé Carlos Garcia, fotografias de Alice Brill, Rogério Reis e Rafael Bqueer, vídeos de Leon Hirzsman e Tiago Sant’Ana e aquarelas e fotos de Carlos Vergara. Nas três salas, o público vai passear pelos precursores da arteterapia em oposição aos tratamentos da época, a questão do afeto, depois verá a chegada da alagoana Nise ao Rio de Janeiro, a passagem pela prisão, as mulheres com quem conviveu, entre elas a sambista Dona Ivone Lara, até fazer um mergulho no inconsciente, explorando também a questão territorial do engenho de dentro enquanto espaço de exclusão e metáfora engenho interior versus engenho de fora.

 

Adelina Gomes, Sem Título

Neste ano de 2021, completam-se 22 anos da morte de Nise da Silveira – e 22 é um número associado à loucura no imaginário popular, tema abordado de forma revolucionária pela psiquiatra Nise da Silveira (1905-1999). Médica formada enquanto única mulher em uma turma com mais de 150 homens, ficou mundialmente conhecida pela ideia vanguardista de usar o afeto como metodologia científica no tratamento às pessoas com sofrimentos psíquicos.

Para Isabel Seixas, produtora e sócia do Estúdio M’Baraká, “a exposição busca apresentar essa personagem e sua importância simbólica ontem e hoje. Nise é uma mulher revolucionária e representa um pensamento vanguardista brasileiro na ciência e, pela especificidade de seu trabalho, consequentemente, nas artes. Nise da Silveira (devemos reverberar esse nome) permitiria múltiplas abordagens – valorizar seu gesto revolucionário a partir do afeto é potente nos dias de hoje”.

O CCBB RJ está adaptado às novas medidas de segurança sanitária: entrada apenas com agendamento on line (eventim.com.br), controle da quantidade de pessoas no prédio (1/5 do fluxo antes da pandemia), fluxo único de circulação, medição de temperatura, uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool gel e sinalizadores no piso para o distanciamento.

Serviço:

Exposição: “Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto”

Centro Cultural Banco do Brasil – Rio de Janeiro

Até 16 de agosto

Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro

Visitas presenciais diárias (exceto às terças), de 9h às 18h, com agendamento on line pelo site eventim.com.br  
Nise no CCBB: Instagram | Site Oficial

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